Paulino Brilhante Santos tinha 61 anos e era, há mais de uma década, Sócio do escritório liderado por João Valadas Coriel

É com profundo pesar que a Valadas Coriel & Associados (“VCA”) anuncia o falecimento de um dos seus sócios: Paulino Brilhante Santos. O advogado morreu a noite passada, 2 dias depois de ter completado 61 anos, na sequência de uma queda aparatosa nas escadas do Metro do Areeiro.

A advocacia acaba de perder um grande causídico. Eu acabo de perder um grande amigo“, afirma João Valadas Coriel, Managing Partner da VCA.

Sportinguista ferrenho, conhecido pela sua irreverência e personalidade indomável, Paulino Brilhante Santos deixa uma marca indelével na advocacia portuguesa e internacional. “O Paulino fazia jus ao seu nome: era verdadeiramente Brilhante. Polemista, dono de uma cultura enciclopédica, era das pessoas mais interessantes que alguma vez conheci e com quem tive o gosto de trabalhar. Íntegro, obstinado, irreverente, extremamente inteligente e de uma generosidade incomensurável, o Paulino era também, e acima de tudo, um amigo do seu amigo e um Ser com um coração gigante!“, remata João Valadas Coriel. “Vê-lo partir desta forma estúpida e prematura, é de uma crueldade extrema!“. O Managing Partner da VCA, acrescenta: “Neste momento de profunda dor para todos nós, toda a equipa da VCA endereça um abraço de enorme solidariedade à sua família, principalmente à sua mãe e à sua irmã“. João Valadas Coriel termina, afirmando: “Hoje, a advocacia portuguesa está de luto”.

Paulino Brilhante Santos era Sócio da VCA desde 2011. Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Clássica de Lisboa e advogado Especialista em Direito Fiscal, era Coordenador do Departamento Fiscal, Energia e Projetos Internacionais da Sociedade, tendo estado recentemente envolvido em vários projetos com a Comissão Europeia através do network Grimaldi Alliance. Estagiou com o Dr. Medina Carreira, ingressou na Arthur Andersen, teve escritório próprio com o também malogrado Vítor Félix, integrou o Grupo Legal Português, precursor dos grandes escritórios de advocacia portugueses, trabalhou na missão das Nações Unidas no Kosovo, na Barros Sobral Gomes e Associados e na Miranda & Associados. Foi dos primeiros advogados a quem foi reconhecido o grau de especialista em Direito Fiscal e foi, desde a primeira hora, árbitro no CAAD.

Assessorou governos e grandes empresas em operações de privatização, parcerias público privadas e concessões. Adquiriu experiência relevante em projetos de reforma legal, institucional e fiscal de vários países, tendo trabalhado em países como Angola, Brasil, Jordânia, Libéria, Moçambique, Nicarágua, Kosovo, Rússia e Ucrânia.

As cerimónias fúnebres realizar-se-ão na Igreja de São João de Deus, na quarta-feira a partir das 19h00 e na quinta-feira às 10h30 será celebrada missa antes do funeral que decorrerá no crematório do cemitério do Alto de São João.